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Como acabar com a Água?
04Fev, 2015

Como acabar com a Água?

Como acabar com a Água?
Ao longo de 15 anos a frente de uma realidade de produção agrícola participei de varias matérias junto à mídia, a fim de esclarecer parte dos processos e situações enfrentadas pelo agro. Sem desmerecer a quem quer que seja, sempre foi claro o despreparo das pessoas de outras áreas de atuação, aos assuntos relacionados à atividade agrícola contemporânea, o que também não é pra menos, a atividade passou por talvez o período de maiores mudanças no menor espaço de tempo já visto na história!
Agricultura talvez seja a profissão mais praticada no mundo, por quem não é do ramo...quem não se acha capaz de plantar uma semente que seja?
Não se pode sair acreditando em tudo que se fala por ai sem ao menos ter conhecimento de causa e proximidade com o tema.
Vamos lá, vou tentar elucidar e colocar alguns pontos para meus amigos urbanos, refletirem.
A proporção de água doce e salgada é sim bem desequilibrada, 3% água doce e 97% salgada, mas, o planeta Terra é constituído por mais de 80% de água! E pessoal, água não acaba. Pergunte ao professor de química ou física como se acaba com a água. Vão responder que seria apenas pela sua eletrólise, algo incomum na natureza, se separar o Hidrogênio do Oxigênio. Portanto a água que existia a milhões de anos atrás, é a mesma que temos hoje, seja no estado sólido, líquido ou gasoso.
Como disse Richard Jakubaszko: "ambientalistas e especialistas da água, como que surgidos do nada, passaram a ganhar uma grana em consultorias e agências reguladoras se proliferam mundo afora, fazer um açude ou um poço artesiano em zonas agrícolas é quase um crime ambiental. As finesses e firulas do raciocínio ambientalista, do tipo se for açúcar cristal ou mascavo é hilária mas, tenta dar embasamento científico".
Conversando com um amigo Eng. Florestal, de forma simples e objetiva a conclusão é que matematicamente, mais importante que o desmatar, é plantar árvores de forma que o saldo esteja sempre equilibrado e renovado.
Pessoal, a realidade é que não importa se o processo é industrial ou agrícola, não se "gasta água", apenas se interfere no processo.
Hoje é dito em vários lugares que a agricultura é onde mais gasta-se água, mas como podem calcular a água que chove em cima de uma plantação, como débito? Ora isso é neurótico e emocional, a água não vai para o espaço, não existe um vazamento da água para outro planeta!
Temos o costume de olhar para os reservatórios, açudes, rios, riachos e considera-los os limites da água armazenada. Pois bem, uma propriedade agrícola dos tempos de hoje, armazena muito mais água em seus solos, que são verdadeiras "esponjas" do que em lagos ou açudes que são reservas imediatistas. Áreas de agricultura, são zonas de recarga para o lençol, pois consomem muito menos água do que recebem, ao contrario de uma floresta que possui uma enorme evapotranspiração e o saldo é bem menor. 
Toda água, de chuva ou irrigação, a menor parte é absorvida pelas plantas, sustentando toda produção de alimentos, filtrando-a e evapotranspirando para o ambiente para chover em outro lugar. A outra parte, que fica nos solos, é filtrada de maneira lenta e natural por todo perfil de solo hoje muito bem cuidado e administrado pelos agricultores, principalmente com onerosas e cuidadosas camadas de palha com que protegemos os solos de erosões, cada vez mais raro na zona rural produtiva e, cada vez mais frequente em áreas urbanizadas indevidamente.
Depois que toda essa água infiltra pelo solo, cai no lençol freático, escapando pelas minas ou olhos d'água formando os riachos e rios que desembocam no mar. Não só no mar evaporam formando nuvens que pela ação dos ventos levam chuva para toda parte privilegiada do Globo. Querendo nós ou não, esse é o ciclo de toda água na Terra. Devemos lembrar que o grau de poluição das águas é um ponto preocupante pois essa demorará muito mais tempo e será muito mais caro torna-la potável, a exemplo de águas com radioatividade imprimida por alguns processos industriais.
Nos centros urbanos, o que acontece já é bem diferente do campo. Por serem cobertos de concreto e asfalto, essa impermeabilização impede que se forme o lençol freático, não é a toa que se vê árvores caindo toda hora. As cidades retém mais caloria e evapotranspiram menos. Para resfriar e encontrar o equilíbrio, recebem maiores volumes de chuva, volume esse que rapidamente alagam os solos impermeabilizados e rapidamente correm para as galerias caindo no esgoto que agora poluída desemboca no mar e se torna salgada.
Nos Estados Unidos, um dos dias mais importantes é o Dia de Ação de Graças, onde se comemora o alimento que temos em nossas mesas. Uma máquina agrícola, lá tem preferência nas ruas e estradas, pois trabalha por todos nós. No Brasil, estão todos pouco se importando como se produz os alimentos, uma colheitadeira trabalhando aos domingos, as vezes, em desespero para colher antes de um temporal é encarcerada pela nossa polícia e rechaçada pelas buzinas dos automóveis a passear.
Hoje os irrigantes estão sendo bombardeados e execrados pela população, em alguns lugares, lacrou-se as irrigações...ora para saber o que isso representa, imagine se as grandes magazines fossem obrigadas a parar de vender eletrodomésticos devido a crise de energia. Ou a partir de hoje não tivéssemos mais seguro em nossos automóveis, pois bem, a irrigação é um seguro para se não chover na hora certa. Irrigação é momento, não quantidade.
Ao contrário disso, de forma "legal" a cidade perfura poços indiscriminadamente e com pouco critério, num movimento de "salve-se quem puder", diferente do Campo que junto com os órgãos competentes tenta driblar a crise de maneira racional e realista.
A região Sudeste de São Paulo, recebeu um dos menores volumes de chuvas das ultimas décadas, 50 % da média dos últimos 10 anos. A região concentra as maiores áreas irrigadas e segundo a Companhia de abastecimento, a região foi uma das únicas onde não se teve problemas no abastecimento urbano. Isso é realidade!
Se os produtores pararem com a atividade, loteasse suas terras, sem considerar a sujeira e lixo global que geraríamos, o que seria das nossas reservas de água e alimentos, no caso específico do Brasil, e o PIB, e a Balança comercial...afinal é isso que paga a conta.
O motivo real pelo qual estamos "brigando" pela água é devido a sua sazonalidade e irregularidade de oferta. Portanto a correção para o problema é armazenamento e a agricultura irrigada é um dos processos que mais contribui para isso na atualidade, pegando uma água de um ponto mais baixo, a água que "já passou", imprimindo energia, leva-se ao um ponto mais alto e solta de novo no solo permeável que faz sua vez de descarregá-la de forma limpa, gradual e natural. É como captar água de telhados, máquinas de lavar etc e praticar o reuso. Com isso temos mais água doce no sistema e por mais tempo. Todo movimento que faz com que a água demore mais para chegar aos oceanos, está imprimindo sustentabilidade ao desenvolvimento humano na Terra.
Abel Rodrigues Simões Jr., é Engenheiro Agrônomo, formado pela Universidade de São Paulo - ESALQ, 1999.

Somos uma Associção de produtores com plantio na base de irrigação. Servindo nossos associados pelo critério do bem comum estaremos servindo a nação brasieira!

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